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Balanço: ECO-JANTAR e Conferência “Vencer a Crise com a Eco-Gastronomia – Casa do Oeste (Ribamar – Lourinhã)


Balanço do Eco-Jantar e Conferência na Casa do Oeste

No do dia 16 de Abril a Fundação João XXIII – Casa do Oeste acolheu mais uma actividade como já vem sendo hábito, mas desta vez nuns moldes um pouco diferentes. Foi integrada no âmbito da actividade do CREIAS Oeste1 organizada por 3 dos parceiros: Biofrade, Fundação João XXIII – Casa do Oeste e MPI – Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente, e a refeição seguiu muitos dos critérios do conceito da eco-gastronomia, tema central da conferência proferida por Alexandra Azevedo do MPI intitulada “Vencer a Crise com a Eco-Gastronomia”.

Durante o jantar Alexandra Azevedo foi explicando os ingredientes, respectiva preparação e as receitas. Antes de ser servida a sobremesa deu-se então início à conferência.

O tema da Eco-Gastronomia tem sido uma das prioridades do MPI desde logo porque o sector da alimentação é um dos maiores responsáveis por muitos problemas ambientais, como uso de pesticidas, uso intensivo da água, poluição da água (por pesticidas, efluentes de pecuárias, fertilizantes químicos) ou a desflorestação, conforme espelhado em inúmeros relatórios de entidades oficiais (FAO – Organização para a Alimentação e Agricultura, UNEP – Programa de Ambiente, ambas das Nações Unidas).

 

1 O CREIAS Oeste – Centro Regional de Educação e Inovação Associada ao Oeste, o RCE – Regional Centre of Expertise, em português, CRE – Centro Regional de Excelência, da Região Oeste, em Portugal, está integrado na rede mundial de RCE desde 2007. Os RCE são uma rede de organizações educacionais formais, não formais e informais mobilizadas a levar a Educação pelo desenvolvimento sustentável às comunidades regionais.

 

Dentro do sector da alimentação a pecuária é o maior responsável, pois já consome actualmente cerca de metade de toda a produção agrícola, ocupa 70% da superfície agrícola mundial e mais emite gases com efeito de estufa, no entanto apenas alimenta uma pequena percentagem da população mundial, ou seja, as populações dos países mais industrializados e as classes mais favorecidas dos países das economias emergentes (com o a China).

São profundas as transformações que têm ocorrido na agricultura nas últimas décadas. O domínio de um modelo industrializado / intensivo tem provocado uma rápida diminuição das agrobiodiversidade, ou seja, variedades de espécies de plantas (e animais) cultivadas. As gerações mais antigas recordam a imensa variedade de frutas e cereais que eram cultivadas na nossa região. Em contrapartida, foram introduzidas variedades transgénicas, sobretudo milho e soja (cujo principal mercado são as rações para animais), há pouco mais de uma década, variedades essas que só podem ser obtidas em laboratório e cujos efeitos na saúde (entre outros) não são ainda suficientemente conhecidos, e apesar de alguns estudos independentes terem detectado vários problemas, tal não impediu que continue o seu cultivo comercial.

As desigualdades no acesso à comida entre os países mais industrializados e do 3º Mundo são profundas, com cerca de mil milhões de pessoas com excesso de alimentos e com fome crónica respectivamente. As doenças crónicas não transmissíveis, como o cancro, diabetes e problemas cardiovasculares são a maior causa de morte nos países mais industrializados e entre as principais causas estão os maus hábitos alimentares e a inactividade física.

Os portugueses têm infelizmente um padrão alimentar semelhante a outros países mais industrializados com excesso de consumo de carne e carência no consumo de cereais integrais, legumes e frutas.

Para resolver muitos destes problemas temos de reduzir o consumo de carne voltando à nossa tradição alimentar baseada na dieta mediterrânica, ou segundo a opção individual adoptar um regime vegetariano desde que de forma correcta para evitar também consequências negativas na saúde.

Outras componentes fundamentais da Eco-Gastronomia são o consumo de alimentos produzidos localmente, biológicos, de variedades tradicionais, silvestres, da época, sem embalagens e comprados directamente aos produtores, e, claro, rejeitar os transgénicos e a Fast Food!

Alexandra Azevedo demonstrou ainda pelo seu caso pessoal que uma alimentação mais cuidada pode ser mais barata! Reduzir o consumo de carne e peixe é um importante passo e para compensar o custo mais elevados dos alimentos biológicos temos de optar por adquiri-los o mais próximo possível dos produtores, saber aproveitar os recursos alimentares que a natureza nos proporciona de forma tão generosa, como as ervas silvestres comestíveis, e cultivar pelo menos alguns alimentos.

Para recuperar os bons e variados alimentos há duas associações que merecem referência: O Movimento Slow Food, uma referência mundial na promoção da Eco-Gastronomia, resume muito bem o conceito com a defesa do alimento “bom, limpo e justo”. Bom (que saiba bem, nutritivo, fresco, da época, Limpo (sem pesticidas, sem transgénicos) e Justo (a preço remunerador para os produtores e equilibrado para os consumidores); e a Colher para Semear – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais que tem realizado levantamentos das variedades tradicionais de hortícolas, cereais e fruteiras ainda cultivadas nos nossos dias e através da sua rede de associados garantir que estas variedades continuem “vivas nos campos”!

É preciso pois recuperar muito da sabedoria popular, religar as pessoas entre si e à Natureza que nos sustenta, assim o MPI tem realizado inúmeras actividades como oficinas de fabrico tradicional de pão, oficinas de cozinha sustentável e oficina das ervas comestíveis.

As potencialidades da Eco-Gastronomia são enormes:

– O turismo gastronómico atrai cerca de 14% dos turistas estrangeiros a Portugal, os inúmeros eventos gastronómicos, como festivais, tasquinhas são muito importantes para valorizar produtos variados que necessariamente terão de ser produzidos a uma escala local/regional, o que atrairá ainda mais turistas na busca de sabores únicos.

– Restauração sob o conceito da Eco-Gastromia, em que os produtos utilizados são fornecidos por uma rede de vários produtores locais.

– Medidas públicas, como a obrigatoriedade das ementas escolares incorporarem uma determinada percentagem de alimentos produzidos localmente, podem também contribuir para relançar a nossa produção.

Em conclusão, com a Eco-Gastronomia poderemos resolver / enfrentar muitos dos problemas actuais, não apenas a crise económica, mas as crise social (problemas de saúde e desemprego) e a crise ecológica, que infelizmente pouco é falada.

O balanço final deste Eco-Jantar é bastante positivo a avaliar pelos comentários dos participantes.

www.mpica.info

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“Vencer a crise através da eco-gastronomia”

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16 de Abril: ECO-JANTAR e Conferência “Vencer a Crise com a Eco-Gastronomia – Casa do Oeste (Ribamar – Lourinhã)


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Balanço da Oficina das Ervas Comestíveis

Organizado pelo MPI, com o apoio da Associação Desportiva, Recreativa e de Melhoramentos do Avenal (Vilar – Cadaval) e da Junta de Freguesia de Vilar, realizou-se no passado domingo, dia 13 de Março, a Oficina das Ervas Comestíveis.

A participação de vários elementos da Sociedade Portuguesa de Naturalogia entre os inscritos, proporcionou um contributo muito importante pela partilha do seu conhecimento o que valorizou a actividade.

Apesar da ameaça de chuva, foi possível cumprir o programa previsto, começando com um percurso pedestre para identificação das ervas, e que revelou que basta percorrer alguns metros para se encontrarem inúmeras espécies de plantas espontâneas silvestres, vulgo ervas, comestíveis. Borragem, acelgas, mostarda negra, urtigas, labaças, saramago, tanchagem, cardos, foram algumas das ervas encontradas.

Seguiu-se o ansiado momento do almoço, cuja ementa variada surpreendeu pela positiva os participantes. Sopa de grão e cardos, sopa de urtigas, tarte de labaças, feijão branco com almeirão, feijão encarnado com funcho, esparregado do campo (confeccionado com uma mistura de ervas: malvas, acelgas, mostarda negra e labaças, para além de couve portuguesa e salsa). Os frutos silvestres e as ervas aromáticas também tiveram um lugar de destaque com o pão de bolota, a trança de alecrim, o semi-frio de amoras silvestres, entre outras propostas eco-gastronómicas que estimularam o paladar.

Depois do almoço seguiu-se um momento de partilha e de informações complementares muito estimulante e que excedeu o tema da oficina.

Longe vão os tempos na nossa região em que era uma prática vulgarizada a recolecção de ervas para consumo humano, pelo que as actuais gerações estão totalmente desligadas do conhecimento ancestral da sua utilização, no entanto são sem dúvida um património que urge explorar pelas suas qualidades nutricionais (as ervas têm em geral maior teor de nutrientes do que as plantas hortícolas), qualidades organolépticas (sabor) e sobretudo por serem uma dádiva tão generosa da Natureza, que infelizmente é desprezada e impiedosamente destruída, demasiadas vezes de forma abusiva e inadequada, pela utilização de herbicidas quer pela população quer pelas autarquias locais.

A expectativa e curiosidade das pessoas que se inscreveram era grande, e é com agrado que sentimos que a actividade as superou!

www.mpica.info

Vilar, 15 de Março de 2011

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“Taste the Waste”

“Taste the Waste” – the trailer

www.tastethewaste.com

Imagens impressionantes do desperdício de alimentos actualmente.
Vale mesmo a pena ver os 3 minutos do trailer.
Deixo-vos alguns números:
– Mais de metade dos alimentos vão para o lixo!
Na União Europeia, 3 milhões de toneladas de pão vão para o lixo!
– A comida desperdiçada na Europa e América do Norte seria suficiente para alimentar 3 vezes o n.º de pessoas com fome no mundo!

Dá que pensar no actual modelo de produção e distribuição de alimentos!!

Só com a promoção da agricultura de pequena escala, ou seja, devolver a produção de alimentos aos cidadãos (de onde aliás nunca deveria ter saido) é a única forma de haver produção de alimentos de qualidade, a defesa da agrobiodiversidade e boa parte da solução do desemprego e outros problemas sociais.

A história repete-se, mas não da mesma maneira, por isso nunca tivémos tantas oportunidades para que a vida e o trabalho do campo pudesse tão valorizado como agora, não só do ponto de vista económico (através de um sistema de preço justo à produção – mercados de proximidade, e do complemento do turismo, ou vice versa), como do ponto de vista ambiental (práticas agrícolas sustentáveis, incorporando muitas das técnicas tradicionais, mas muito mais do que isso, novas e melhores práticas agrícolas como o modo de produção biológico, biodinâmico, permacultura ou agricultura selvagem, enfim … há um mundo por explorar para além dos fertilizantes e pesticidas químicos!).

Saudações sustentáveis

Alexandra Azevedo

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Escola Electrão 2010/2011

As “lições” de cidadania da Escola Electrão continuam a ser dadas por milhares de alunos e centenas de professores. Entusiasmadas e empenhadas, comunidades escolares de todo o país têm ajudado a levar um número cada vez maior de REEE para a balança.

E qual o peso atingido até ao momento? A resposta está na 2ª Newsletter Escola Electrão 2010/2011, disponível aqui. Trata-se de mais uma série de boas notícias, que não podíamos deixar de partilhar consigo.

Esperamos que os conteúdos desta publicação sejam do seu interesse e sirvam de energia para alimentar ainda mais iniciativas no âmbito da temática dos Equipamentos Eléctricos e Electrónicos em fim de vida.

Se é daqueles que não quer perder um grama do projecto, pode continuar a segui-lo em blogelectrao.blogspot.com ou através do Facebook.

Linha de Apoio: 800 232 333

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Um Escritório Verde para o RCE de Curitiba

O RCE de Curitiba (CRIE) vai ter sede num edifício muito especial – o Escritório Verde: http://www.escritorioverdeonline.com.br/

O projeto inédito foi concebido pela empresa EcoStudio – Soluções Sustentáveis – e está a ser conduzido sob a coordenação do Prof. Eloy Casagrande Jr.*, com mais de 40 empresas no processo, selecionadas pelas suas tecnologias, materiais e serviços em acordo com os princípios da sustentabilidade, que estão doando tudo isto!

Vista do mezanino

“Mudamos assim a relação Escola-Empresa, pois criaremos um ambiente de aprendizado e de divulgação das empresas com o “selo” da universidade. Será também a primeira edificação autônoma solar do Paraná com mais de 3000 Watts instalado, onde iremos alimentar com carro elétrico com energia renovável!” diz o Prof. Eloy Casagrande.

Devido ao sistema construtivo wood-frame usado (empresa TecVerde Engenharia) as paredes foram fabricadas em 12 dias e em 5 dias a edificação foi erguida A meta é inaugurar em março, com apenas dois meses de obra! Esta pode ser acompanhada neste link: http://www.escritorioverdeonline.com.br/artigos/

* O Prof. Eloy Casagrande Jr. foi também o iniciador do processo que levou à constituição do CREIAS-Oeste em 2007.

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Green Project Awards 2011

A Agência Portuguesa do Ambiente, a Quercus e a GCI apresentam na próxima quarta-feira, dia 23 de Fevereiro, pelas 10 horas, os GREEN PROJECT AWARDS 2011, iniciativa que reconhece projectos já concretizados que promovam o Desenvolvimento Sustentável.

Nesta quarta edição, os GREEN PROJECT AWARDS mantêm como objectivo central a divulgação das melhores práticas na área da Sustentabilidade, de empresas, instituições e dos cidadãos de uma forma geral.

Para mais informações: http://pelanatureza.pt/formacao/noticias/green-project-awards-2011-37263726

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Oito Novos RCE

Foram reconhecidos oficialmente pela UNU (Universidades das Nações Unidas) no dia 23 de Novembro de 2010 novos RCE em todo o mundo:

  • RCE Central Macedonia (Greece)
  • RCE Denmark (Denmark)
  • RCE Espoo (Finland)
  • RCE Vienna (Austria)
  • RCE Southern Vietnam (Vietnam)
  • RCE Ulju (Republic of Korea)
  • RCE Western Australia (Australia)
  • RCE Lima-Callao (Peru)

O CREIAS-Oeste felicita os novos companheiros de viagem rumo ao Desenvolvimento Sustentável!

Também está aberto o concurso para novos RCE que se queiram constituir. Para mais informações: www.ias.unu.edu/efsd

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17 de Fevereiro 2011: CONVITE

CONVITE

A Comissão Dinamizadora do CREIAS-Oeste tem o prazer de convidar V.Exª a participar nos seguintes eventos, a realizar no dia 17 de Fevereiro de 2011, no Anfiteatro da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria (ESTM/IPL), em Peniche:

16:00 Seminário ”Investigação no Oeste – fomento do Desenvolvimento Sustentável” (GIRM e GITUR – grupos de investigação da ESTM, www.estm.ipleiria.pt)
17:00 Assembleia-Geral do CREIAS-Oeste
18:30 Prova de vinhos biológicos
19:00 Actuação da Tuna da ESTM

Agenda da Assembleia-Geral:

  • Balanço das actividades realizadas em 2010
  • Perspectivas para 2011
  • Plano de trabalhos

São convidados a participar na Assembleia-Geral do CREIAS-Oeste os seus membros e todos os que tenham interesse em aderir à rede CREIAS-Oeste

Mais informações sobre o CREIAS-Oeste: http://creias.ipleiria.pt/

Solicita-se confirmação de presença, para:

Paulo Maranhão (Comissão Dinamizadora do Creias-Oeste)

Email: pmaranhao@ipleiria.pt; telefone 968693247 e 262783607

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