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Comodato para criação de horta social em Peniche

No Dia da Árvore, o Município de Peniche e a Associação Mão Amiga celebram contrato de comodato para criação de horta social e cultivo de plantas aromáticas.

Como se refere na informação da CMP, esta vai assinar um contrato de comodato com a IPSS Associação Mão Amiga do Lugar da Estrada, Consolação, Casal Moinho, Casal da Vala (AMA), entregando a esta associação duas parcelas de terreno, com as áreas de 255,00m² e 1078,00m², sitas em Relva Longa, limite do Lugar da Estrada, na freguesia de Atouguia da Baleia.

Estes terrenos camarários destinam-se à criação de uma horta social e ao cultivo de plantas aromáticas, uma iniciativa que integra o projeto Viver é Estar Ativo da AMA. É deste modo que a AMA pretende fomentar a introdução do consumo de ervas aromáticas na alimentação diária, com reflexos positivos na saúde, nomeadamente no que diz respeito a doenças cardiovasculares, através da possibilidade de eliminação do sal na dieta alimentar. Pretende igualmente contribuir para que a população idosa não se isole e não perca o contacto com a terra que tão bem conhece, sentindo-se útil por poder transmitir aos outros os seus conhecimentos e experienciando esta atividade como uma forma de terapia para aumentar o seu bem-estar.

Integrada na comemoração Dia Árvore, a cerimónia de assinatura do Contrato de Comodato realiza-se no próximo dia 21 de Março de 2014, pelas 10h30, na horta social de plantas aromáticas, em Relva Longa, Avenida da Praia, Lugar da Estrada (junto às instalações do Sporting Clube da Estrada).

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Balanço da Oficina: “Algas – do mar ao prato”

 

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A meteorologia ajudou para que a Oficina “Algas: do mar ao prato” que se realizou no domingo, dia 23 de Junho, decorresse da melhor maneira. Programada para dia e hora de maré baixa em tempo de lua cheia (na lua cheia e lua nova as marés têm maior amplitude), um grupo animado de gastrónomos e apaixonados pela natureza puderam observar a rica diversidade de algas da nossa costa na praia de S. Bernardino (Peniche), sob a orientação da professora Teresa Mouga, bióloga e directora da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (Instituto Politécnico de Leiria) e da ajuda de uma ex-bolseira, mestre Inês Rodrigues.

O consumo de algas pela população foi uma realidade até ao período da 2ª guerra mundial, tendo caido no esquecimento, mas pelas excepcionais características nutricionais (completo e elevado teor em aminoácidos, elevado teor em vitaminas e minerais) e excepcionais propriedades antioxidantes deveriam ser reconhecidas na nossa gastronomia. A Professora Teresa Mouga alertou para a recolecção consciente deste recurso através do uso de tesoura ou faca para se cortar apenas as lâminas e talos permitindo assim a regeneração da alga, sendo o ideal o seu cultivo. De facto, pode-se constatar que apesar da diversidade presente a quantidade disponível é inferior à que se registava há algumas décadas atrás, o que revela também o estado do oceano ameaçado pela sobrepesca, em particular a pesca de arrasto, e pela poluição.

Na sede do Rotary Club de Peniche decorreu o restante programa da oficina em que os participantes puderam conhecer alguns “segredos” culinários colaborando na confecção de alguns dos pratos, a que se seguiu o ansiado almoço com uma ementa variada em que as algas foram ingrediente obrigatório.

Concluiu-se a oficina com um momento final para esclarecer algumas dúvidas e partilhar alguns conhecimentos de um indispensável colaborador desta oficina, Luís Fonseca, médico residente em Peniche, e um aficionado pelas algas com uma experiência acumulada na recolecção, seu uso noutras regiões ( como os Açores e países europeus) e no estudo, apresentando uma considerável biblioteca sobre o tema.

Como habitualmente em todas as oficinas organizadas pelo MPI, como a oficina de ervas comestíveis, a refeição é um dos momentos mais marcantes e pela diversidade, originalidade e quantidade dos pratos servidos tem recebido sempre muitos elogios dos participantes.

E desta forma procura-se alertar para os graves problemas associados à produção intensiva dos alimentos, à padronização da dieta na já conhecida por dieta ocidental, onde predominam os alimentos de origem animal, os cereais refinados, alimentos transgénicos e uma panóplia de aditivos, muitos dos quais artificiais, apresentando como alternativa uma dieta que valorize os recursos naturais locais e a produção de alimentos sustentável.

Esta actividade inseriu-se no âmbito do CREIAS Oeste – Centro Regional de Educação e Inovação associada à Sustentabilidade do Oeste, dos quais o MPI e a ESTM/IPL, são parceiros e tece ainda o apoio do Rotary Club de Peniche.

Em anexo umas fotos para ilustrar a actividade

MF2-2009oficina das algas - grupo na cozinhaoficina das algas - procurando algas

Saudações eco-gastronómicas

Alexandra Azevedo
presidente da direcção
membro da Comissão Dinamizadora do CREIAS Oeste

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Comer o que a Natureza nos dá

Artigo publicado na família “Revista Cristã”
http://pt.scribd.com/doc/103997780

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Balanço: ECO-JANTAR e Conferência “Vencer a Crise com a Eco-Gastronomia – Casa do Oeste (Ribamar – Lourinhã)


Balanço do Eco-Jantar e Conferência na Casa do Oeste

No do dia 16 de Abril a Fundação João XXIII – Casa do Oeste acolheu mais uma actividade como já vem sendo hábito, mas desta vez nuns moldes um pouco diferentes. Foi integrada no âmbito da actividade do CREIAS Oeste1 organizada por 3 dos parceiros: Biofrade, Fundação João XXIII – Casa do Oeste e MPI – Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente, e a refeição seguiu muitos dos critérios do conceito da eco-gastronomia, tema central da conferência proferida por Alexandra Azevedo do MPI intitulada “Vencer a Crise com a Eco-Gastronomia”.

Durante o jantar Alexandra Azevedo foi explicando os ingredientes, respectiva preparação e as receitas. Antes de ser servida a sobremesa deu-se então início à conferência.

O tema da Eco-Gastronomia tem sido uma das prioridades do MPI desde logo porque o sector da alimentação é um dos maiores responsáveis por muitos problemas ambientais, como uso de pesticidas, uso intensivo da água, poluição da água (por pesticidas, efluentes de pecuárias, fertilizantes químicos) ou a desflorestação, conforme espelhado em inúmeros relatórios de entidades oficiais (FAO – Organização para a Alimentação e Agricultura, UNEP – Programa de Ambiente, ambas das Nações Unidas).

 

1 O CREIAS Oeste – Centro Regional de Educação e Inovação Associada ao Oeste, o RCE – Regional Centre of Expertise, em português, CRE – Centro Regional de Excelência, da Região Oeste, em Portugal, está integrado na rede mundial de RCE desde 2007. Os RCE são uma rede de organizações educacionais formais, não formais e informais mobilizadas a levar a Educação pelo desenvolvimento sustentável às comunidades regionais.

 

Dentro do sector da alimentação a pecuária é o maior responsável, pois já consome actualmente cerca de metade de toda a produção agrícola, ocupa 70% da superfície agrícola mundial e mais emite gases com efeito de estufa, no entanto apenas alimenta uma pequena percentagem da população mundial, ou seja, as populações dos países mais industrializados e as classes mais favorecidas dos países das economias emergentes (com o a China).

São profundas as transformações que têm ocorrido na agricultura nas últimas décadas. O domínio de um modelo industrializado / intensivo tem provocado uma rápida diminuição das agrobiodiversidade, ou seja, variedades de espécies de plantas (e animais) cultivadas. As gerações mais antigas recordam a imensa variedade de frutas e cereais que eram cultivadas na nossa região. Em contrapartida, foram introduzidas variedades transgénicas, sobretudo milho e soja (cujo principal mercado são as rações para animais), há pouco mais de uma década, variedades essas que só podem ser obtidas em laboratório e cujos efeitos na saúde (entre outros) não são ainda suficientemente conhecidos, e apesar de alguns estudos independentes terem detectado vários problemas, tal não impediu que continue o seu cultivo comercial.

As desigualdades no acesso à comida entre os países mais industrializados e do 3º Mundo são profundas, com cerca de mil milhões de pessoas com excesso de alimentos e com fome crónica respectivamente. As doenças crónicas não transmissíveis, como o cancro, diabetes e problemas cardiovasculares são a maior causa de morte nos países mais industrializados e entre as principais causas estão os maus hábitos alimentares e a inactividade física.

Os portugueses têm infelizmente um padrão alimentar semelhante a outros países mais industrializados com excesso de consumo de carne e carência no consumo de cereais integrais, legumes e frutas.

Para resolver muitos destes problemas temos de reduzir o consumo de carne voltando à nossa tradição alimentar baseada na dieta mediterrânica, ou segundo a opção individual adoptar um regime vegetariano desde que de forma correcta para evitar também consequências negativas na saúde.

Outras componentes fundamentais da Eco-Gastronomia são o consumo de alimentos produzidos localmente, biológicos, de variedades tradicionais, silvestres, da época, sem embalagens e comprados directamente aos produtores, e, claro, rejeitar os transgénicos e a Fast Food!

Alexandra Azevedo demonstrou ainda pelo seu caso pessoal que uma alimentação mais cuidada pode ser mais barata! Reduzir o consumo de carne e peixe é um importante passo e para compensar o custo mais elevados dos alimentos biológicos temos de optar por adquiri-los o mais próximo possível dos produtores, saber aproveitar os recursos alimentares que a natureza nos proporciona de forma tão generosa, como as ervas silvestres comestíveis, e cultivar pelo menos alguns alimentos.

Para recuperar os bons e variados alimentos há duas associações que merecem referência: O Movimento Slow Food, uma referência mundial na promoção da Eco-Gastronomia, resume muito bem o conceito com a defesa do alimento “bom, limpo e justo”. Bom (que saiba bem, nutritivo, fresco, da época, Limpo (sem pesticidas, sem transgénicos) e Justo (a preço remunerador para os produtores e equilibrado para os consumidores); e a Colher para Semear – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais que tem realizado levantamentos das variedades tradicionais de hortícolas, cereais e fruteiras ainda cultivadas nos nossos dias e através da sua rede de associados garantir que estas variedades continuem “vivas nos campos”!

É preciso pois recuperar muito da sabedoria popular, religar as pessoas entre si e à Natureza que nos sustenta, assim o MPI tem realizado inúmeras actividades como oficinas de fabrico tradicional de pão, oficinas de cozinha sustentável e oficina das ervas comestíveis.

As potencialidades da Eco-Gastronomia são enormes:

– O turismo gastronómico atrai cerca de 14% dos turistas estrangeiros a Portugal, os inúmeros eventos gastronómicos, como festivais, tasquinhas são muito importantes para valorizar produtos variados que necessariamente terão de ser produzidos a uma escala local/regional, o que atrairá ainda mais turistas na busca de sabores únicos.

– Restauração sob o conceito da Eco-Gastromia, em que os produtos utilizados são fornecidos por uma rede de vários produtores locais.

– Medidas públicas, como a obrigatoriedade das ementas escolares incorporarem uma determinada percentagem de alimentos produzidos localmente, podem também contribuir para relançar a nossa produção.

Em conclusão, com a Eco-Gastronomia poderemos resolver / enfrentar muitos dos problemas actuais, não apenas a crise económica, mas as crise social (problemas de saúde e desemprego) e a crise ecológica, que infelizmente pouco é falada.

O balanço final deste Eco-Jantar é bastante positivo a avaliar pelos comentários dos participantes.

www.mpica.info

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“Vencer a crise através da eco-gastronomia”

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16 de Abril: ECO-JANTAR e Conferência “Vencer a Crise com a Eco-Gastronomia – Casa do Oeste (Ribamar – Lourinhã)


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Balanço da Oficina das Ervas Comestíveis

Organizado pelo MPI, com o apoio da Associação Desportiva, Recreativa e de Melhoramentos do Avenal (Vilar – Cadaval) e da Junta de Freguesia de Vilar, realizou-se no passado domingo, dia 13 de Março, a Oficina das Ervas Comestíveis.

A participação de vários elementos da Sociedade Portuguesa de Naturalogia entre os inscritos, proporcionou um contributo muito importante pela partilha do seu conhecimento o que valorizou a actividade.

Apesar da ameaça de chuva, foi possível cumprir o programa previsto, começando com um percurso pedestre para identificação das ervas, e que revelou que basta percorrer alguns metros para se encontrarem inúmeras espécies de plantas espontâneas silvestres, vulgo ervas, comestíveis. Borragem, acelgas, mostarda negra, urtigas, labaças, saramago, tanchagem, cardos, foram algumas das ervas encontradas.

Seguiu-se o ansiado momento do almoço, cuja ementa variada surpreendeu pela positiva os participantes. Sopa de grão e cardos, sopa de urtigas, tarte de labaças, feijão branco com almeirão, feijão encarnado com funcho, esparregado do campo (confeccionado com uma mistura de ervas: malvas, acelgas, mostarda negra e labaças, para além de couve portuguesa e salsa). Os frutos silvestres e as ervas aromáticas também tiveram um lugar de destaque com o pão de bolota, a trança de alecrim, o semi-frio de amoras silvestres, entre outras propostas eco-gastronómicas que estimularam o paladar.

Depois do almoço seguiu-se um momento de partilha e de informações complementares muito estimulante e que excedeu o tema da oficina.

Longe vão os tempos na nossa região em que era uma prática vulgarizada a recolecção de ervas para consumo humano, pelo que as actuais gerações estão totalmente desligadas do conhecimento ancestral da sua utilização, no entanto são sem dúvida um património que urge explorar pelas suas qualidades nutricionais (as ervas têm em geral maior teor de nutrientes do que as plantas hortícolas), qualidades organolépticas (sabor) e sobretudo por serem uma dádiva tão generosa da Natureza, que infelizmente é desprezada e impiedosamente destruída, demasiadas vezes de forma abusiva e inadequada, pela utilização de herbicidas quer pela população quer pelas autarquias locais.

A expectativa e curiosidade das pessoas que se inscreveram era grande, e é com agrado que sentimos que a actividade as superou!

www.mpica.info

Vilar, 15 de Março de 2011

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“Taste the Waste”

“Taste the Waste” – the trailer

www.tastethewaste.com

Imagens impressionantes do desperdício de alimentos actualmente.
Vale mesmo a pena ver os 3 minutos do trailer.
Deixo-vos alguns números:
– Mais de metade dos alimentos vão para o lixo!
Na União Europeia, 3 milhões de toneladas de pão vão para o lixo!
– A comida desperdiçada na Europa e América do Norte seria suficiente para alimentar 3 vezes o n.º de pessoas com fome no mundo!

Dá que pensar no actual modelo de produção e distribuição de alimentos!!

Só com a promoção da agricultura de pequena escala, ou seja, devolver a produção de alimentos aos cidadãos (de onde aliás nunca deveria ter saido) é a única forma de haver produção de alimentos de qualidade, a defesa da agrobiodiversidade e boa parte da solução do desemprego e outros problemas sociais.

A história repete-se, mas não da mesma maneira, por isso nunca tivémos tantas oportunidades para que a vida e o trabalho do campo pudesse tão valorizado como agora, não só do ponto de vista económico (através de um sistema de preço justo à produção – mercados de proximidade, e do complemento do turismo, ou vice versa), como do ponto de vista ambiental (práticas agrícolas sustentáveis, incorporando muitas das técnicas tradicionais, mas muito mais do que isso, novas e melhores práticas agrícolas como o modo de produção biológico, biodinâmico, permacultura ou agricultura selvagem, enfim … há um mundo por explorar para além dos fertilizantes e pesticidas químicos!).

Saudações sustentáveis

Alexandra Azevedo

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Oficina das Ervas Comestíveis

Domingo dia 13 de Março , Avenal (Vilar – Cadaval)

Na sabedoria popular consta uma longa lista de espécies de plantas silvestres directamente comestíveis pelas suas folhas, flores, talos ou rebentos, mas a nossa sociedade industrial foi-nos afastando desses conhecimentos.

O declínio da recolecção de ervas comestíveis deveu-se também a uma conotação negativa desta prática, pois há ainda recordações de tempos de escassez em que estes recursos silvestres eram muitas vezes os únicos disponíveis!

Ao contrário dos usos condimentares e medicinais, os usos culinários não se encontram  razoavelmente bem documentados, por isso recuperar alguns dos conhecimentos populares e descobrir as vantagens do uso das ervas na nossa alimentação são os principais objectivos desta oficina, onde também não faltará a degustação de vários pratos confeccionados com ervas!

Para mais informações siga o link: http://mpica.info/

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Plantações no CASAL DO SOL

DOMINGO, 16 de JANEIRO 2011

Conheça o Casal do Sol e participe na plantação de árvores de espécies autóctones.
Tudo em boa companhia e onde também não faltará a Eco-gastronomia (delicie-se com pizza, bolo-rei, pão de bolota em forno de lenha, e outras iguarias!).

PROGRAMA

10.30 – Percurso pedestre pelo Casal do Sol.
11.30 – “A flora da região Oeste” por Alexandra Azevedo (MPI), com apresentação de diapositivos.
12.30 – Almoço
14.00 – Plantações
16.00 – Lanche

ADULTOS: 10 bolotas; Crianças até 12 anos : Grátis

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