O uso e livre troca de sementes de variedades tradicionais estão a ser restringidos por patentes e outras imposições legais, situação de profunda injustiça, pois a semente é o primeiro elo da cadeia alimentar, ou seja, representa novas culturas, alimentos, a Vida. Quem controlar as sementes controla a produção de alimentos! Assim, um pouco por todo o mundo multiplicam-se as iniciativas de recuperação da herança milenar da humanidade, o património genético, através da livre troca de sementes, tendo surgido em 2012 a Quinzena de Acção Mundial pelas Sementes Livres que decorreu na primeira quinzena de Outubro, com centenas de eventos por todo o mundo, em Portugal foram organizados 17 eventos de Norte a Sul. À Campanha pelas Sementes Livres (nacional, subsidiária da campanha europeia) junta-se agora o Movimento Global pelas Sementes Livres.
Integrado também na actividade do CREIAS Oeste, com a LOURAMBI, realizou-se na Lourinhã uma oficina de preparação e preservação de sementes de variedades hortícolas tradicionais. Teve início às 16.00 para a projecção do excelente documentário “As Nossas Sementes” na Junta de Freguesia da Lourinhã a que se seguiu um debate e parte prática no pátio do Museu da Lourinhã, onde foram demonstradas a técnica húmida e por maceração para a separação e limpeza das sementes de alface e couve nabiça e tomate, respectivamente.
Fotos: Lívia Vieira
Campanha pelas Sementes Livres: www.sosementes.gaia.org.pt
Campanha Europeia: www.seed-sovereignty.org
Movimento global para a Liberdade da Semente: www.seedfreedom.in